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segunda-feira, 10 de março de 2008

Reencontrando o Caminho

Eu tenho refletido nestes últimos dias a cerca de algo que está presente na minha mente nos últimos anos em que estou envolvido com o trabalho missionário, porque somos tantos cristãos e fazemos tão pouca diferença, porque temos tantas igrejas e ainda convivemos com a miséria e a degradação social da humanidade. Não somos nós os escolhidos do Pai para implementar o Seu Reino entre as nações? Não somos nós que conhecemos a verdade que segundo a palavra tem o poder para nos libertar de todos os grilhões.
Começo a entender agora que nossa teologia missionária não tem conseguido ultrapassar as paredes de nossos escritórios, casas ou mesmo igrejas. Tornamos-nos detentores da famosa missão integral, estudamos tão a fundo ao ponto de conhecer todas suas vertentes e todos seus representantes, nos empenhamos tanto em buscar as respostas filosóficas da missão integral para os povos que nos esquecemos de colocá-la em prática.
Essa falta de praticidade se dá ao fato que alguns de nós estamos fechados em nossos casulos e nos distanciamos da prática mais simples e mais importante ensinada por Cristo a nós. Ficamos tão deslumbrados com a teoria, trancafiados em nossos redutos acadêmicos ou em nossos gabinetes que nos esquecemos que Cristo enquanto esteve na terra dava aulas ao ar livre, atendendo as pessoas, falando com elas, curando, pregando, simplesmente amando.
É verdade que alguns, que por mais engraçado que seja não estão nem ai para o discurso teórico da missão integral, estão em seus ministérios e em suas vidas a todo o momento exercitando o amor e levando a graça de Cristo aos povos. Esses talvez sejam aqueles que deveriam nos ensinar nas academias de teologia. Afinal não é a missão integral a doação de nós mesmos, baseado no exemplo de Cristo descrito em Filipenses 2 e I João 3.16-18, a outros para que o Reino de Deus seja estabelecido na terra.
Refletindo um pouco mais no texto de I João, acho que podemos retomar o caminho da esperança, o caminho que nos levará a amar as pessoas de uma forma tão integral que sentiremos a necessidade de nos doarmos a elas e por elas para que suas vidas sejam transformadas.
Esse é o chamado genuíno da missão integral, viver uma vida de doação que se preocupa em avançar em direção daqueles que ainda estão privados do amor de Deus.
Que nesse tempo Deus nos perdoe e nos de a graça para entendermos esse amor e que Ele mesmo nos leve a pratica concreta e genuína desse amor de tal forma que possamos vivenciar a o seu Reino e a sua Justiça.

1 comentários:

Anônimo disse...

Realmente, é preciso que a igreja redescubra seu caminho e trilhe por ele para que a visão missionária avance.

Deus o Abençoe!!

Ricardo/PP