Tudo caminhava hoje para ser um dia como outro qualquer, muito trabalho, contatos, email para responder…
Mas no meio da manhã uma notícia mudou toda rotina. Há algumas horas uma moça Africana que já por muito tempo tem nos ajudado em um de nossos projetos teve uma das várias ameaças que estava recebendo cumprida. Na manhã desta quinta-feira (19/05) ele foi sequestrada por alguns homens e violentada. Ao sair seus agressores repetiram a ameaça, “é melhor que saia da cidade se não voltaremos”. Qual o motivo de tanta crueldade? O que essa moça teria feito de tão grave para despertar tanta ira?
A resposta vem de forma simples - buscar respostas - Ela decidiu buscar respostas para sua vida, decidiu caminhar com alguns missionários, ouvir suas histórias, tentou entender que fé é essa num homem chamado Cristo que veio para nos libertar, salvar redimir...
E ao se envolver, ouvir, conversar e interagir despertou a ira naqueles que diferentemente dela, crêem que sua crença é a única e verdadeira.
Ao receber a notícia meu coração congelou, a menos de 3 meses eu estava junto com ela, em uma das minhas visitas a África, sentado na sala de estar na casa de amigos pude ver seu sorriso ainda que tímido, pude ver sua euforia quando disse a ela que ela era bem vinda ao Brasil para visitar e conhecer àqueles que já por muito tempo tem orado por ela. Vi sua satisfação quando quase arrematamos todos os artesanatos que ela havia produzido para ajudar no seu sustento.
Agora, minha mente se recusa ver ou imaginar outra imagem no rosto daquela moça... Mas em seu rosto agora estão as lágrimas, lágrimas como de muitos que como ela foram perseguidos por sua fé. Seu corpo ainda dói e traz as marcas da violência que foi não só física mais também emocional.
Como explicar para ela que o mesmo Cristo que é à ama é o motivo de tanto ódio no coração daqueles que praticaram tão grande crueldade com ela.
Neste momento, meu coração se cala! Meus olhos não suportam as lágrimas, e minha voz ainda que quisesse sair e gritar por JUSTIÇA segue embargada e silenciosa.
À pequena “S”, nome que preservo para manter sua identidade em secreto, fica minha tristeza, meu carinho, minhas lágrimas e meu lamento. Ainda que eu tente encontrar palavra para dizer neste momento, sei que nenhuma delas trará explicação ou resposta para o momento em que ela vive. Mais também fica à ela minha admiração, meu incentivo e minha oração. De toda minha família fica o AMOR, aquele que nosso mestre nos ensinou dizendo que AMAR é acima de tudo sentir a dor e o sofrimento do nosso próximo. Hoje querida “S” sofremos com você, choramos com você!
Que o Mestre, único Salvador e único Consolador a console em seus braços e lhe dê a paz!
Por Cristo
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POR QUESTÕES DE SEGURANÇA. OBRIGADO
