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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

População das cidades africanas vai triplicar


As Nações Unidas avisam que a triplicação das populações urbanas na África pode ser desastrosa, a menos que os governos invistam urgentemente na habitação e nos serviços públicos.
O relatório da UN-Habitat diz que, no ano passado, a população de África excedeu, pela primeira vez, os mil milhões.
Até 2050, diz o documento, 60% de todos os africanos viverão em cidades.
As populações urbanas já se ressentem do sobrepovoamento, dos fornecimentos irregulares de água e de energia elétrica e de transportes públicos deficientes.
Contudo, há boas notícias para o Norte de África, onde o número de bairros pobres terá caído para quase metade nos últimos dez anos.
O relatório da UN-Habitat avisa que as mudanças climáticas estão causando um outro problema sério: cheias nas costas marítimas.
Com muitas das cidades de África edificadas junto ao mar, o relatório diz que milhões de pessoas arriscam-se a perder as suas casas nas próximas décadas.

Do campo para a cidade

A linha costeira na África Ocidental está a recuar anualmente entre 20 a 30 metros.
Uma das cidades nessa região, a capital comercial da Nigéria, Lagos, já tem quase 12,5 milhões de habitantes e vai este ano ultrapassar a capital egípcia, Cairo, como a maior cidade de África.
Kinshasa, a capital da República Democrática do Congo, é a cidade que regista neste momento o crescimento mais rápido no continente e o relatório da UN-Habitat diz que também deverá ultrapassar o Cairo dentro de 10 anos.
Com as populações urbanas crescendo tão rápido, a ONU prevê que nos próximos 20 anos África deixará de ser predominantemente rural.
O relatório diz que isso não é nem bom nem mau; a urbanização, em geral, resulta na melhoria dos padrões de vida, mas apenas se tomarem medidas para a criação de habitações, infra-estruturas e serviços adequados.

BBC AFRICA

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